O processo para triagem de Sífilis passará por mudanças no Hemos. A partir de agora o Laboratório adotará o Fluxograma 2 do manual do Ministério da Saúde. Com isso, o exame passará por um processo automatizado para a triagem de sífilis, um teste essencial no pré-natal de gestantes.
Para auxiliar e padronizar o diagnóstico imunológico da sífilis, o Ministério da Saúde disponibiliza três fluxogramas. Cada um resulta de uma combinação de dois ou mais testes e tem por objetivo aumentar o valor preditivo positivo (VPP) de um resultado reagente no teste inicial.
Antes do desenvolvimento de testes automatizados, o diagnóstico da sífilis era estabelecido através dos testes imunológicos treponêmicos e não-treponêmicos, realizados exclusivamente em laboratórios manualmente. No fluxograma clássico, o primeiro teste indicado é do tipo não-treponêmico, que é de menor custo, fácil execução e que apresente boa sensibilidade. O segundo teste, frequentemente mais caro e específico, tem o objetivo de confirmar o diagnóstico, eliminando possíveis resultados falso-positivos gerados pelo primeiro teste.
Quando estes dois testes apresentam resultados reagentes, é realizado o teste não-treponêmico quantitativo, que irá definir o título de anticorpos presentes na amostra. Este terceiro momento serve como base para monitorar a eficácia do tratamento posteriormente.
Com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de testes treponêmicos automatizados, que possibilitam a análise de diversas amostras em pouco tempo por menor custo, esta abordagem convencional foi invertida em muitos serviços, iniciando-se o diagnóstico com os testes treponêmicos.
Vale relembrar que, além dos testes de laboratório, o diagnóstico de sífilis também deve ser baseado em uma avaliação clínica meticulosa, que inclua o exame físico, permitindo a observação dos sintomas da doença, além de uma detalhada anamnese do paciente, incluindo informações referentes ao risco de uma infecção recente por via sexual.
O fluxograma adotado pelo Hemos para triagem de Sífilis
O protocolo adotado recentemente pelo Hemos é o Fluxograma 2 do Ministério da Saúde. Ele é indicado aos serviços que possuem infraestrutura laboratorial com automação e permite o processamento diário de diversos testes e liberação rápida de resultados mais específicos.
O Fluxograma 2 consiste na abordagem reversa à convencional para o diagnóstico de sífilis, empregando primeiramente um teste treponêmico pela quimioluminescência: o TPHA. Em segundo lugar, é realizado um teste não-treponêmico para a confirmação do diagnóstico: o VDRL.
No entanto, nos casos em que o teste não-treponêmico apresente um resultado não-reagente, o Fluxograma 2 prevê a realização de um terceiro teste para a confirmação do resultado. Este terceiro teste deve ser do tipo treponêmico com metodologia diferente do primeiro teste realizado, podendo ser o FTA-Abs. Todos os testes devem ser realizados em uma mesma amostra.
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