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Estudo comprova que máscaras limitam a transmissão do novo coronavírus (COVID-19)

máscaras limitam a transmissão do novo coronavírus

Máscaras limitam a transmissão do novo coronavírus (COVID-19). A constatação saiu de um estudo publicado pela Nature Medicine, que apontou que os acessórios reduzem de forma significativa a propagação do vírus através de gotículas respiratórias e aerossóis (partículas minúsculas liberadas pela respiração).

O estudo analisou voluntários com pelo menos um tipo de infecção respiratória, como a do coronavírus humano sazonal (diferente do COVID-19), influenza e rinovírus sazonal. No grupo de pessoas sem máscaras foram observadas partículas virais do coronavírus em 30% (gotículas respiratórias) e 40% (aerossóis) das amostras. Já entre os voluntários usando máscara cirúrgica o coronavírus não foi detectado.

Os resultados, para os pesquisadores, indicam que o uso de máscaras por pessoas infectadas é importante para a prevenção contra o novo coronavírus, incluindo as pessoas assintomáticas.

Ministério da Saúde incentiva o uso de máscaras

A partir do início de abril, o Ministério da Saúde passou a incentivar o uso de máscaras até mesmo por pessoas não infectadas. A recomendação é de que pessoas sem sintomas utilizem máscaras de pano, laváveis e reutilizáveis, enquanto as máscaras cirúrgicas e N95 sejam destinadas a pacientes com sintomas respiratórios e profissionais da área da saúde. Esta diferenciação é estabelecida principalmente pela escassez destes materiais no país e no mundo.

Veja a seguir quem deve utilizar cada tipo de máscara segundo a recomendação da Anvisa:

Máscara cirúrgica comum: pacientes com infecção respiratória (febre, tosse, espirros, dificuldade de respirar) e profissionais da saúde e de apoio que prestarem assistência a menos de 1 metro de paciente suspeito ou confirmado.

Máscara N95: profissionais da saúde que realizam procedimentos geradores de aerossóis (intubação ou aspiração traqueal, ventilação mecânica invasiva ou não-invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de amostras nasotraqueais).

Máscara de tecido: população em geral quando estiver em ambientes de uso público, como rua, supermercados, farmácias ou trabalho, por exemplo.

As máscaras reutilizáveis podem ser compradas ou confeccionadas em casa com tecidos como malha, tricoline e TNT, desde que tenham proteção dupla. Elas devem ser trocadas a cada 2h ou 3h ou sempre que o tecido estiver úmido. Além disso, podem ser lavadas com água e sabão ou uma solução de água sanitária com água (proporção 1/10), deixando-as de molho por 20 minutos e secando-as em local arejado e livre de poeira ou fumaça, preferencialmente ao sol. Reforçamos que, mesmo após lavadas, as máscaras são de uso individual e não devem ser compartilhadas com outras pessoas.

Para todos os tipos de máscaras, é importante seguir as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto ao seu manuseio: higienizando as mãos antes de colocá-las, segurando somente pela alça ou elástico, posicionando-a de forma que cubra nariz e boca e evitando tocá-la durante o uso.

Mesmo com a ajuda das máscaras na contenção da propagação do vírus, outras medidas de prevenção devem continuar a ser adotadas, como a higienização frequente e minuciosa das mãos com água e sabão ou álcool gel e o isolamento e distanciamento social.

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