Há 10 anos a Organização das Nações Unidas (ONU) promove uma campanha pelo fim da violência contra a mulher. A mobilização global tem duração de 16 dias, que no Brasil são ampliados para 21, compreendendo o período de 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) a 10 de dezembro.
Com o mote “Una-se pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, a iniciativa tem o objetivo de sensibilizar a sociedade, fortalecer o ativismo e compartilhar informações e conhecimento para prevenir a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. Além da campanha deste período, a ONU também proclamou o dia 25 de todos os meses como o “Dia Laranja”, também com o objetivo de combater a violência contra as mulheres. No Brasil, a mobilização on-line utiliza a hashtag #MeEscuteTambém.
Dados sobre a violência contra a mulher no mundo
No site internacional da campanha, a ONU disponibiliza alguns dados globais sobre diferentes manifestações da violência contra a mulher, que pode surgir na forma de violência doméstica, assédio sexual, tráfico humano, mutilação genital feminina e casamento infantil. Confira alguns destes dados:
– Uma em cada três mulheres já vivenciaram algum tipo de violência física ou sexual, na maioria dos casos pelo próprio parceiro. (Estimativas globais e regionais de violência contra mulheres, OMS, 2013)
– Em 2012, metade das mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por parceiros ou familiares. (Estudo Global de Homicídios 2013, UNODC, 2014)
– Quase 3/4 dos países criminalizam a violência doméstica e 78. (Mulheres, Negócios e Legislação 2018, World Bank Group)
– Aproximadamente 15 milhões de adolescentes (entre 15 e 19 anos) foram submetidas a sexo forçado em algum momento de suas vidas. (Um rosto familiar: A violência nas vidas de crianças e adolescentes, Unicef, 2017)
– 71% do tráfico de humanos em todo o mundo vitimizam mulheres e meninas, sendo que 3/4 delas são exploradas para fins sexuais. (Relatório Global do Tráfico de Pessoas, UNODC, 2016)
– 650 milhões de mulheres vivas hoje casaram antes dos 18 anos de idade. A ocorrência responde por 40% de mulheres casadas em países da África Central e Ocidental. (Casamento infantil: Últimas tendências e perspectivas para o futuro, Unicef, 2018)
Saiba mais sobre a campanha da ONU no Brasil acessando o site da iniciativa.