O dia 14 de novembro celebra o Dia Mundial do Diabetes, uma iniciativa que busca gerar conscientização a respeito desta doença que acomete muitas pessoas, inclusive crianças, no caso do preocupante diabetes infantil. O Brasil aparece em sexto lugar no ranking de diabetes no mundo, estimando-se que a doença alcance cerca de 23 milhões de brasileiros até 2045.
O diabetes também é uma das doenças crônicas mais comuns de serem encontradas no público infantil, sendo que cerca de 20 a cada 100.000 crianças e adolescentes chegam a desenvolver a doença a cada ano, geralmente o Diabetes Mellitus tipo 1 ou DM1.
Como o diabetes infantil influencia o organismo
Em um organismo normal, o açúcar ingerido na alimentação através de comidas ricas em carboidratos, como arroz, massas, doces e frutas, é convertido em glicose no intestino. O pâncreas, órgão responsável pela produção do hormônio insulina, por sua vez transporta a glicose do sangue para dentro das células. No entanto, em crianças com DM1, o órgão deixa de produzir insulina, e consequentemente a glicose não consegue chegar até às células, acarretando uma alta taxa de açúcar no sangue.
Não são claros os motivos pelos quais as crianças deixam de produzir insulina, porém sabe-se que há uma associação entre tendência hereditária e alguma influência ambiental, como uma infecção por vírus, por exemplo. Neste caso, o corpo tenta eliminar o vírus, porém passa a destruir suas próprias células produtoras de insulina, resultando assim em uma doença autoimune.
Alguns sintomas da doença em crianças
Certos sinais apresentados pela criança e pelo adolescente ao longo do tempo podem ser indícios de diabetes infantil, como por exemplo:
– Sentir muita fome, comer muito, porém emagrecer ou não ganhar peso;
– Ter muita sede;
– Urinar muito e com frequência;
– Apresentar visão embaçada;
– Sentir fraqueza ou falta de disposição para praticar atividades diárias.
Exames recomendados no diagnóstico do diabetes
Caso esses sintomas surjam, é recomendável procurar orientação médica a fim de realizar testes que possam diagnosticar ou afastar o risco da doença. Alguns destes exames são: glicemia, teste de tolerância oral à glicose ou curva glicêmica, hemoglobina glicada, glicemia pós-prandial e frutosamina.
O Hemos Laboratório realiza todos estes exames em suas Unidades, e inclusive dispõe de salas de repouso especiais para os casos de testes com duração prolongada.
Leia também: Conheça os principais exames para diabetes
Como tratar o diabetes infantil
O diabetes tipo 1 pode ser controlado utilizando injeções de insulina, fazendo uma dieta equilibrada de carboidratos, proteínas e gorduras, e através da prática do exercício físico regular. O monitoramento constante da taxa de açúcar deve ser feito através do teste de glicemia na ponta do dedo.
A alimentação equilibrada da criança com diabetes infantil deve ser adotada por toda a família. Apesar de estarem geralmente inseridas em rotinas mais fáceis de controlar, ocasionalmente é preciso ter atenção em casos específicos, como a alimentação dentro da escola, em que a equipe de nutrição e enfermagem devem ser acionadas para que atendam de forma adequada às restrições de uma criança com diabetes. Em casos de eventos com uma alimentação fora daquela indicada, como em festas de aniversário infantis, é preciso que a família aprenda a observar e chegar na melhor opção, contando com possíveis doses extras de insulina.
Antes e após a prática de atividades físicas, é importante monitorar a glicemia da criança adepta à insulina para evitar quadros de baixa taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia) após o exercício.
Estes cuidados desde cedo evitam um risco maior de complicações a longo prazo em outras partes do corpo, como nos olhos, rins, coração e sistema nervoso. A criança com diabetes infantil precisa de cuidados e adaptações no dia a dia, mas não deve ser privada de uma vida normal, ativa e produtiva.
Leia também: A importância da atividade física no combate ao diabetes