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Conheça a história e a importância da vacinação

A importância da vacinação tem retornado ao centro de discussões enquanto laboratórios do mundo inteiro buscam uma forma de proteger pessoas contra o novo coronavírus (Covid-19). Se a ausência de apenas uma vacina já tem impactado no mundo e nas vidas humanas desta forma, isso convida à reflexão do que seria da humanidade sem que elas fossem inventadas.

Em primeiro lugar, é preciso entender o que são as vacinas e como elas funcionam. Tratam-se de substâncias biológicas introduzidas nos corpos com o objetivo de ativar o sistema imunológico para que ele possa reconhecer e combater vírus e bactérias em uma eventual infecção. Ao introduzir agentes semelhantes aos microrganismos causadores de doenças ou pelo próprio agente agressor, as vacinas estimulam o organismo a produzir os anticorpos necessários para que a pessoa não venha a desenvolver a doença.

Embora algumas possam causar reações como febre e dores, há um risco baixíssimo em torno das substâncias feitas de microrganismos inativos. Apenas os indivíduos com imunodeficiência estão sujeitos a este tipo de situação.

A história das vacinas

A primeira utilização do termo “vacina” ocorreu em 1798, quando o médico e cientista inglês Edward Jenner realizou um experimento. A partir de relatos de que trabalhadores da zona rural não contraíam varíola por já terem adquirido sua versão bovina, ele introduziu os dois vírus (humano e bovino) em um garoto de oito anos e observou que a teoria tinha fundamento científico. Por terem sido expostas a uma versão mais fraca, aquelas pessoas tinham ficado imunes. A palavra “vacina” vem justamente do nome científico da varíola bovina: Variolae vaccinae.

Quase um século depois, em 1881, o cientista francês Louis Pasteur começou a desenvolver a segunda geração de vacinas, que tinham o objetivo de combater a cólera aviária e o carbúnculo (antraz). A partir de então, as vacinas passaram a ser produzidas em massa e se tornaram componente fundamental no combate a doenças no mundo inteiro. Ao longo da história elas já ajudaram a reduzir consideravelmente a incidência de doenças como pólio, sarampo, tétano, entre outras.

Produção de vacinas e campanhas de imunização

As vacinas utilizadas no Brasil são produzidas por laboratórios nacionais, internacionais ou por institutos especializados ligados ao poder público. A produção segue o planejamento anual da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI). As vacinas produzidas são, então, enviadas às centrais de distribuição, onde são embaladas, armazenadas na temperatura adequada e distribuídas por todo o país.

O Ministério da Saúde é responsável pela compra e distribuição das vacinas utilizadas no sistema público de saúde, após um longo processo de compra e avaliação. Elas são enviadas mensalmente aos estados, que por sua vez fazem a distribuição aos municípios.

Desde 1973 o Brasil segue o Programa Nacional de Imunizações, que organiza a política de vacinação da população brasileira. Em 1980 foi realizada a primeira Campanha Nacional de Vacinação, que tinha por objetivo o combate à poliomielite através da vacinação de todas as crianças menores de cinco anos de idade. O último caso da doença no país foi registrado nove anos depois.

Por prevenção, é recomendado que crianças sejam vacinadas logo cedo, assim que o sistema imune estiver suficientemente desenvolvido para responder à substância da vacina. Dependendo da vacina, é necessário tomar mais de uma dose e em diferentes etapas da vida. A vacinação contra a gripe é um caso à parte, com necessidade de reforço anualmente para os grupos de risco por causa da mutação constante do vírus.

As vacinas são responsáveis pela diminuição considerável e até erradicação de doenças graves, capazes de causar a morte prematura de pessoas ou sequelas que as acompanhariam para o resto da vida. Sem elas as taxas de mortalidade infantil seriam mais elevadas e a expectativa de vida seria menor.

É importante salientar que a vacinação é um ato de responsabilidade coletiva. Ao se imunizar contra uma doença você não protege apenas a própria saúde, mas também a de todos ao seu redor.

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