Com a chegada do verão e suas altas temperaturas, é preciso ter ainda mais cautela na hora de consumir alimentos, especialmente fora de casa. A intoxicação alimentar é uma das doenças mais frequentes da estação, muito por conta da má conservação dos itens e da proliferação de microrganismos que aceleram a deterioração da comida, facilitada pelo calor.
Também conhecida como gastroenterocolite aguda, a intoxicação alimentar geralmente é ocasionada por bactérias, como salmonela e estafilococos, e vírus, como o rotavírus. Além dos alimentos mais suscetíveis a contaminações como maionese, frango, carne bovina, ostra e ovos, a ingestão de água imprópria para o consumo também é um dos fatores mais comuns para o surgimento da doença.
Sintomas de contaminação por intoxicação alimentar
Alguns sinais podem demorar até 72 horas para se manifestarem, tornando difícil a identificação de qual alimento pode ter causado a intoxicação. Os indícios mais frequentes de contaminação são: diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos, febre, desidratação e, em alguns casos, coceira na pele.
Para atenuar o mal-estar causado pelos sintomas, é essencial ingerir muito líquido, manter uma dieta leve e repousar o corpo. Felizmente, grande parte das ocorrências de intoxicação alimentar são mais amenas, levando cerca de três ou quatro dias para que os sintomas desapareçam. Já nos quadros mais graves, como de crianças, idosos, gestantes ou pessoas com doenças autoimunes, é preciso ter atenção redobrada caso haja a necessidade de internação hospitalar.
Veja como é possível escapar da intoxicação alimentar
Os cuidados com o consumo de alimentos devem ser redobrados, principalmente nas refeições realizadas fora de casa, como em praias e clubes, por exemplo. Em meio a altas temperaturas é fundamental verificar as condições de higiene de comidas e bebidas. Além disso, outros cuidados precisam ser observados, como:
1. Evitar alimentos crus ou malcozidos
Dê preferência a alimentos que sejam preparados em alta temperatura, consumindo-os imediatamente. Evite molhos, patês, maionese, alimentos gordurosos e frituras pré-preparadas. No caso de bebidas, observe se sucos e drinques são preparados com água mineral ou da torneira.
2. Manter a comida devidamente refrigerada
Os itens que precisam ser acondicionados em refrigerador devem ir do supermercado até a geladeira de casa o mais rápido possível, evitando danos causados pelo calor e pelo descongelamento. Além disso, as sobras das refeições também devem ser corretamente guardadas em recipientes bem selados.
3. Atentar-se à temperatura das geladeiras no supermercado
Nas compras realizadas em supermercados, é importante verificar se produtos como iogurtes, requeijão, manteiga e congelados estão devidamente armazenados nos refrigeradores. Temperaturas inferiores a 4ºC são mais seguras contra a propagação de microrganismos.
4. Levar seus próprios lanches em passeios
Ao manejar a própria comida se tem mais controle da higiene envolvida em seu preparo, por isso, esta alternativa ajuda a evitar a intoxicação alimentar. Alimentos embalados e que não necessitam de refrigeração são os ideais, como biscoitos, salgadinhos e frutas frescas. Evite usar ingredientes como maionese e presunto, pois são mais delicados de manter bem acondicionados.
5. Observar a higiene de quiosques e lanchonetes
Identifique possíveis riscos à saúde nos locais públicos de venda de alimentos, como a limpeza de balcões, panelas e utensílios, além da higiene dos atendentes e de que forma lidam com dinheiro em espécie.
6. Lavar ou higienizar as mãos antes de comer
Um dos cuidados mais simples para evitar a intoxicação alimentar, e que deve ser mantido independentemente da estação do ano, é a higienização das mãos antes de se alimentar. Em locais onde não haja a possibilidade de lavá-las, utilize álcool em gel ou lenços umedecidos.
Não deixe esses cuidados de lado na hora de aproveitar as férias de verão com a família e com os amigos! Caso os sintomas de contaminação por alimentos não cessem dentro de um curto período, procure orientação médica.
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