Há quase 40 anos foi descoberto o HIV, vírus responsável pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Desde 1981 a doença já matou mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo. Embora muito já se tenha avançado no controle e prevenção, é importante lembrar que a Aids continua sendo uma epidemia perigosa. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados cerca de 5 mil novos casos todos os dias. Dois terços das pessoas infectadas com o HIV vivem na África.
Por mais que a divulgação das formas de contágio e os alertas quanto à prevenção tenham avançado, a doença ainda é uma realidade alarmante. A principal via de contágio é por meio de relação sexual sem o uso do preservativo, ou seja, uma forma evitável. Além disso, o HIV pode ser transmitido durante a gravidez, parto, transfusões sanguíneas, transplante de órgãos, amamentação e pelo compartilhamento de agulhas.
Um dos perigos da Aids é que ela pode não demonstrar sintomas por um bom tempo, fazendo com que a pessoa desconheça ser portadora do vírus. Logo que há contaminação alguns indivíduos apresentam sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, mal-estar prolongado, gânglios inchados pelo corpo, manchas vermelhas na pele, dor de garganta e nas articulações.
No entanto, esta não é a regra e mesmo as pessoas que apresentam estes sintomas iniciais podem passar de 2 a 15 anos sem apresentar sintomas. O diagnóstico de Aids ocorre quando o HIV começa a mostrar sinais: fraqueza do sistema imunológico a ponto de não conseguir combater infecções oportunistas e doenças como pneumonia, meningite e alguns tipos de câncer. A tuberculose também é comum em pessoas com Aids e é responsável por um terço das mortes dos soropositivos.
A importância dos exames laboratoriais
Por ser um vírus que pode passar anos sem apresentar sintomas, muitos pacientes convivem com o HIV sem saber, podendo transmiti-lo a outras pessoas. A OMS estima que 75% dos portadores do HIV saibam da sua condição. A Organização das Nações Unidas (ONU) pretende aumentar este número para 90% até 2020. Além disso, a intenção é que, destas pessoas que saibam da sua condição, 90% delas sejam submetidas ao tratamento, o que melhora a qualidade de vida e pode tornar o vírus intransmissível. No Brasil, 92% das pessoas em tratamento já chegaram ao estado em que não transmitem mais o HIV, segundo dados do Ministério da Saúde.
O teste de HIV 4° geração é o mais indicado atualmente para detectar infecção pelo vírus, já que não identifica apenas anticorpos, ele também identifica proteínas virais. Isso faz com que se positive mais rápido do que testes apenas sorológicos e apresente a reação dentro de 10 a 20 dias após a exposição. O Hemos oferece o teste de HIV 4° geração para todas as solicitações de triagem do vírus. O exame é realizado através de uma coleta de sangue e não é necessário estar em jejum.
Quanto antes diagnosticada a existência do vírus da Aids com a realização do exame e iniciado o tratamento, maiores as chances de sobrevida e de evitar a transmissão do HIV. O tratamento consiste em uma combinação de medicamentos antirretrovirais (ARV), que ajudam a combater a multiplicação do vírus. Pacientes em tratamento devem contar com acompanhamento médico próximo e a realização de exames periódicos, para ter maior controle sobre a evolução da sua saúde.
Pessoas que convivem com a Aids podem ter evoluído em relação à qualidade de vida, mas é importante lembrar que a doença ainda é um problema grave de saúde, que pode ser prevenida e que deve ser detectada o quanto antes. Realizar o exame para detecção do HIV pode salvar vidas, inclusive a sua.
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