Realizar exames de laboratório na gestação faz parte de uma série de cuidados pré-natais que as gestantes devem tomar, bem como consultas periódicas ao obstetra e exames de imagem, como o ultrassom. Cada etapa da gravidez tem suas características, descobertas e também suas recomendações específicas e, portanto, exigem exames que irão auxiliar em diagnósticos, acompanhamentos e também irão dar um panorama mais preciso quanto à saúde de mãe e filho.
No Hemos Laboratório, os principais exames realizados em gestantes são:
– Hemograma
– Grupo sanguíneo e pesquisa de anticorpos
– Ferritina
– Sorologias: Sífilis (VDRL e FTA-Abs), HIV (Anti-HIV), Hepatites virais B e C (HbsAg, Anti-HCV), Toxoplasmose (IgG e IgM), Rubéola (IgG e IgM)
– Teste de tolerância à glicose 50g (1h) ou 75g (2h) – conforme a solicitação médica
– Parcial de urina e cultura de urina/TSA – importância da higienização para coleta
– Cultura de secreção vaginal/retal para pesq. de Streptococcus beta-hemolítico (35ª a 37ª semana)
– Pesquisa de Clamídia e Gonococo
– Proteínas na urina
– Hemoglobina glicada (A1C)
Confira a seguir quais os principais cuidados e exames em cada etapa da gestação:
Primeiro trimestre
No início da gravidez o médico costuma solicitar exames relacionados a infecções ou demais problemas que podem afetar mãe e bebê, como as sorologias citadas acima (rubéola, HIV, gonorreia, clamídia, sífilis, hepatites virais, toxoplasmose, entre outras).
Nessa lista, podemos destacar:
Hemograma: o exame é solicitado para monitorar possíveis casos de anemia, normalmente causada pela carência de Ferro na gestação. Isso pode ocorrer porque as necessidades do nutriente se somam às do feto e, caso o suprimento na alimentação não seja suficiente, pode causar mal-estar na mãe e prejudicar o desenvolvimento do bebê.
Hepatite B: cerca de 1% a 3% dos pacientes com hepatite B não apresentam sintomas, mas têm um risco alto de desenvolver lesões hepáticas e até mesmo câncer no fígado. É importante que a presença do vírus seja detectada antes ou no início da gravidez, já que recém-nascidos são altamente vulneráveis. Se a infecção for detectada na mãe, a criança pode ser tratada desde o nascimento para minimizar o risco de desenvolvimento de hepatite crônica.
Segundo trimestre
Nesta etapa os exames solicitados pelo médico avaliam principalmente eventuais problemas do bebê e continuam monitorando a saúde da mãe. São exames de rotina do segundo trimestre a pesquisa de açúcar, de proteína na urina e a cultura de urina. Também podem ser solicitados nesta etapa: glicose ou teste de tolerância glicêmica.
Entenda a importância de alguns destes exames:
Triagem urinária para açúcar e/ou proteína: a grande quantidade de proteína na urina pode ser um indicativo de que a gestante está com pré-eclâmpsia (ou hipertensão induzida pela gravidez). Esta condição ocorre em aproximadamente 8% de todas as gestações e pode resultar na diminuição de oxigenação e nutrição através da placenta para o bebê, causando baixo peso no nascimento ou outras complicações. Além disso, níveis altos de açúcar na urina podem indicar diabetes gestacional.
Glicose sanguínea: o diabetes gestacional ocorre em cerca de 4% das mulheres sem histórico da doença. Se os níveis aumentados de glicose no sangue estiverem descontrolados, eles podem causar aumento do peso e do tamanho do feto. Outras consequências para os bebês são níveis muito baixos de glicose sanguínea e sofrimento respiratório. Gestantes com diabetes gestacional podem necessitar de controle mais rigoroso da dieta ou até mesmo receber injeções de insulina até o final da gestação.
Terceiro trimestre
Assim como os exames do segundo trimestre, na reta final da gestação os testes buscam identificar eventuais problemas com o bebê e monitorar a saúde da mãe, além de preparar os dois para o momento do parto. Nesta etapa é comum repetir os exames de urina para investigar a incidência de açúcar e proteínas, realizar as culturas para estreptococos vaginais e retais, e a pesquisa de clamídia e gonococo.
Um teste particularmente importante que deve ser feito durante a gestação é o de anticorpos. Isso porque a mãe e o bebê podem ter problemas se os tipos sanguíneos Rh negativos forem diferentes um do outro ou se a mãe possuir anticorpos que reajam com antígenos dos glóbulos vermelhos do feto. Nestes casos pode ocorrer uma doença grave chamada Doença Hemolítica do Recém-Nascido.
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