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Tire suas dúvidas sobre o Teste do Pezinho

Por ser um exame obrigatório em recém-nascidos, é comum que os pais tenham dúvidas sobre o Teste do Pezinho. Alguns podem se sentir inseguros ou simplesmente interessados em todas as possibilidades que este tipo de exame permite na avaliação da saúde do bebê.

Em primeiro lugar é preciso esclarecer que o Teste do Pezinho compreende uma série de exames que podem ser realizados a partir de gotinhas de sangue coletadas em um papel filtro especial. Essas gotinhas permitem identificar a possibilidade de o recém-nascido ser portador de alguma doença em tempo para realizar o tratamento adequado.

Para tranquilizar e informar os pais sobre o Teste do Pezinho, o Hemos responde às dúvidas mais frequentes sobre o tema:

Quando o Teste do Pezinho deve ser realizado?

Para garantir a eficácia do exame, o ideal é que a amostra seja coletada a partir de 48h após o nascimento, até o quinto dia de vida do bebê. Respeitar esse período é importante para assegurar o diagnóstico precoce, contribuindo com a eficiência do tratamento quando este se fizer necessário. A coleta além desse período não invalida o Teste, porém, pode retardar o tratamento para alguma doença que eventualmente venha a se desenvolver.

É importante realizar o Teste do Pezinho o quanto antes porque no nascimento o bebê perde a proteção da placenta materna, que o defendia dos malefícios de uma eventual doença metabólica. Muitas dessas condições se revelam no organismo do bebê nos primeiros dias de vida, por mais que ele não apresente qualquer tipo de sintoma. A agilidade na realização do Teste evita que essas doenças evoluam ou até mesmo se tornem irreversíveis.

Bebês visivelmente saudáveis também devem realizar o Teste do Pezinho?

Sim, todos os bebês devem ser testados, até mesmo aqueles que não apresentam qualquer tipo de sintoma. Isso porque algumas condições podem levar meses ou anos para apresentarem sinais clínicos. Mesmo que o bebê venha de uma família sem qualquer tipo de histórico dessas doenças metabólicas, ele deve ser testado.

Como é realizado o Teste?

Todos os Testes do Pezinho são realizados a partir de uma amostra de gotinhas de sangue coletadas em um papel filtro especial. Na maioria dos casos elas são retiradas do calcanhar do bebê, dando o nome ao Teste. Em alguns casos específicos a amostra pode ser obtida a partir de punção venosa.

A escolha do calcanhar ocorre porque essa é uma parte do corpo rica em finos vasos sanguíneos, facilitando a obtenção de sangue. Geralmente uma única punção é suficiente, um procedimento rápido e quase indolor para a criança.

Após a coleta, o papel filtro é enviado para análise no laboratório. O resultado costuma ser disponibilizado a partir do terceiro dia útil após a coleta.

No Hemos, esse exame pode ser agendado para Coleta Domiciliar. Entre em contato com nosso Atendimento Virtual.

Quantas doenças podem ser detectadas no Teste do Pezinho?

Dependendo do tipo de exame solicitado, dezenas de doenças podem ser detectadas. Mas também é importante esclarecer que existem diferentes tipos de Teste do Pezinho, que podem variar conforme o objetivo da análise e a quantidade de doenças rastreadas. São eles:

– Básico: 12 doenças;
– Plus: 34 doenças;
– Ampliado: 59 doenças;
– Master: 92 doenças – complementa com sorologias para infecções congênitas como Rubéola, Citomegalovírus, Sífilis e Doença de Chagas;
– Expandido: 94 doenças – acrescenta outras doenças metabólicas.

As principais doenças identificadas no exame são: hemoglobinopatias, doença falciforme, fenilcetonúria, hipotireoidismo, deficiência de biotinidase, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, entre outras.

Como saber qual tipo de Teste do Pezinho o bebê deve realizar?

A indicação sobre qual o tipo mais indicado para cada bebê deve partir de uma consulta com o médico pediatra. Com base em informações clínicas da criança, histórico familiar e histórico gestacional ele poderá indicar qual o melhor Teste do Pezinho para a criança. Aos pais que preferirem realizar um exame mais completo do que o indicado também é recomendável a conversa com o pediatra.

O que fazer se houver resultados alterados?

É importante que todos os resultados do Teste do Pezinho sejam apresentados ao médico pediatra e interpretados por ele em primeiro lugar. Se houver qualquer tipo de alteração, o profissional poderá recomendar exames complementares para investigar detalhes do quadro clínico, podendo confirmar ou até mesmo afastar a possibilidade da doença.

Salientamos que o Teste do Pezinho oferece uma triagem e não um diagnóstico definitivo. Por mais que ele possua alta sensibilidade, podem ocorrer resultados falsos positivos e falsos negativos. O ideal é que a criança conte com um acompanhamento de saúde de rotina realizado por um pediatra.

Leia também: Teste do Pezinho: Tecnologia na prevenção da saúde do recém-nascido