Uma doença que já havia sido considerada erradicada no Brasil volta a preocupar as pessoas: o sarampo. O registro de novos casos em todo o país, inclusive em Santa Catarina, acende o alerta sobre a importância da prevenção à doença e ao acesso seguro a informações sobre o tema.
Neste post respondemos às principais dúvidas sobre o sarampo:
O que é sarampo?
Trata-se de uma doença infecciosa grave, causada por um vírus denominado paramixovírus. Ela pode levar à morte e não há um tratamento específico, apenas medicamentos que diminuem o desconforto causado pelos sintomas.
Como ele é transmitido?
Uma pessoa com sarampo pode transmitir o vírus a outros indivíduos por via aérea, ao tossir, espirrar, falar e até mesmo respirar. Trata-se de uma doença altamente contagiosa, já que um paciente com sarampo pode transmiti-lo a 90% das pessoas próximas não imunizadas. Esta transmissão pode ocorrer entre quatro dias antes e quatro dias depois do aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo.
Como saber se alguém está com sarampo?
O sintoma mais conhecido do sarampo é o surgimento de manchas vermelhas pelo corpo. Elas normalmente aparecem entre três e cinco dias após os primeiros sintomas, que são: febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Primeiramente as manchas surgem no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se para o resto do corpo em seguida. A persistência da febre após o surgimento das manchas é um sinal de alerta para a gravidade da doença.
Por se tratar de uma doença grave, pode deixar sequelas e até mesmo levar a óbito. As complicações do sarampo variam conforme o momento da vida da pessoa infectada:
Crianças: pneumonia, otite aguda média, encefalite aguda e morte.
Adultos: pneumonia.
Gestantes: mulheres em idade fértil (aproximadamente dos 10 aos 49 anos) não vacinadas antes da gravidez podem apresentar parto prematuro e o bebê pode nascer com baixo peso.
Como se prevenir contra o sarampo?
Pacientes infectados devem ser isolados do convívio com muitas pessoas para evitar a transmissão a quem não esteja imunizado. No entanto, por ser uma doença altamente contagiosa, esta medida não é suficiente, reforçando a necessidade da imunização contra o vírus através da vacina. A melhor forma de se prevenir contra o sarampo é por meio da vacinação.
As vacinas que protegem contra o sarampo são:
Dupla viral: protege do vírus do sarampo e da rubéola;
Tríplice viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola;
Tetra viral: protege do sarampo, caxumba, rubéola e catapora.
Quem deve tomar a vacina?
Os critérios de indicação da vacinação são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde. Atualmente as recomendações são:
Crianças: em função do surgimento de novos casos da doença no país, há uma recomendação da dose zero da vacina para todas as crianças entre seis meses e um ano de vida. A primeira dose é recomendada para crianças que completarem 12 meses. A segunda e última dose deve ser aplicada aos 15 meses de vida.
Adultos: pessoas de um a 29 anos de vida que tenham tomado apenas a primeira dose da vacina devem completar a imunização com a segunda dose. Se a pessoa tiver registro de ter tomado as duas doses da vacina, não há necessidade de uma nova dose pelo resto da vida. Caso a pessoa não tenha tomado nenhuma dose ou não saiba e não haja registro da imunização, ela deve tomar as duas doses se tiver de um a 29 anos e apenas uma dose se tiver entre 30 e 49 anos de idade.
Mulheres que pretendam engravidar: em atenção ao item anterior, mulheres que não estejam 100% imunizadas contra o sarampo ou não saibam, devem tomar a vacina antes de tentar engravidar. Isso porque a vacinação não é indicada a gestantes, já que a imunidade delas pode estar mais baixa nesta fase.
A vacina do sarampo pode causar autismo?
Não. Este medo surgiu por causa de notícias falsas divulgadas há décadas e que recentemente ganharam força com boatos de Internet. Um estudo apresentado em 1998 levantou esta possibilidade, mas logo foi invalidado e retirado pela revista que o publicou. O pânico causado por ele prejudicou as coberturas de vacinação contra o sarampo desde então. Salientamos que não há evidência de uma ligação entre a vacina do sarampo e o autismo. Para evitar as fake news acompanhe o site do Ministério da Saúde, que desmente boatos.
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