A relação entre diabetes e Covid-19 passa por diversos pontos de atenção. O primeiro deles diz respeito ao fato de o diabetes ser uma comorbidade para a doença, frequentemente resultando em quadros mais graves para aqueles infectados pelo vírus, como ocorre em outras doenças infecciosas.
Mas há um outro cuidado que as pessoas devem estar atentas, mesmo aquelas que não possuem diagnóstico da doença: os índices glicêmicos no organismo. Pesquisadores do Massachusetts General Hospital observaram aumento nos diagnósticos de diabetes em pessoas admitidas com Covid-19.
Porém, muitos pacientes viram os índices glicêmicos voltarem ao normal após se recuperarem da infecção. Isso pode ocorrer pelo próprio estresse causado no organismo pela Covid-19, que causaria uma forma temporária de diabetes.
Essa é uma das hipóteses que justificaria o aumento de casos de diabetes durante a pandemia. Outra possibilidade é a de que boa parte dos pacientes não mantinha um acompanhamento do seu quadro de saúde e possivelmente já era diabética, porém sem o diagnóstico. Com o aumento da busca por serviços de saúde em decorrência da pandemia, todos esses dados foram levantados em pouco tempo.
Como é feito o diagnóstico e o monitoramento do diabetes
Os exames para diabetes servem tanto para diagnosticar como para monitorar a doença. Em primeiro lugar é importante lembrar que ele é uma síndrome metabólica causada pela falta de insulina ou pela incapacidade de ela agir de maneira adequada. Isso provoca o aumento de glicose no sangue.
Os principais exames para o diagnóstico e o acompanhamento do diabetes são:
Glicemia: esse exame mede os níveis de glicose no sangue a partir de uma amostra de sangue. Níveis elevados indicam um distúrbio chamado hiperglicemia, que indica um quadro de diabetes mellitus.
Curva glicêmica: também chamado de teste de tolerância oral à glicose, esse exame avalia a resposta do organismo quando é exposto a várias concentrações de glicose. É recomendado para confirmar a suspeita de diabetes quando há alteração na glicemia.
Hemoglobina glicada: esse exame define a média de glicose do paciente nos últimos três meses. Pacientes que foram infectados por Covid-19 e que perceberam alteração nos índices glicêmicos devem realizar esse exame para ter uma visão mais compreensiva do seu quadro de saúde.
Glicemia pós-prandial: realizado após uma refeição, esse exame leva em consideração o fato de que os níveis de concentração de glicose se elevam cerca de 10 minutos após uma refeição. Ele é recomendado para monitoramento de pacientes que já tenham diabetes e utilizado para ajustar as doses dos remédios.
Frutosamina: o exame de frutosamina estuda as proteínas do sangue, em especial os níveis de glicação da albumina, e define a média de glicose das duas últimas semanas. É indicado quando o médico precisa saber a média de glicose em períodos mais curtos ou quando a medição da hemoglobina glicada não é confiável.
Insulina: esse exame ajuda a identificar a resistência à insulina e insulina elevada, duas condições que podem evoluir para doenças crônicas como o diabetes.
Todos esses exames são pelo Hemos Laboratório. Para testes prolongados, como é o caso da curva glicêmica, recomendamos a coleta em nossas Unidades com sala de repouso: Escola Agrícola, Alameda, Itoupava Central, Fortaleza, Gaspar e Pomerode. Consulte-se regularmente com o seu médico para se manter atualizado sobre o seu quadro de saúde.
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