Em meio à pandemia de Covid-19, uma doença já bem conhecida das pessoas também apresentou um aumento significativo de casos: a gripe. Causada pelo vírus Influenza, ela provoca uma infecção respiratória que se dissemina entre as pessoas por meio de tosse, espirros ou contato com superfícies contaminadas. Os exames para gripe são importantes ferramentas para combater a doença.
Apesar da sazonalidade contribuir para o aumento de casos de gripe em climas mais frios, ela pode se manifestar ao longo de todo o ano e apresentar gravidades diferentes de acordo com a carga viral, a agressividade do vírus e o metabolismo da pessoa infectada. Além de pessoas, a gripe também pode acometer animais, incluindo aves, porcos, cães e cavalos.
Tipos e classificação da gripe
O vírus Influenza pode ser dos tipos A, B e C, apesar deste último ser mais raro. O Influenza A é o principal responsável pelas epidemias de gripe e, assim como o tipo B, sofre alterações genéticas constantes, o que torna o vírus resistente à imunidade adquirida em uma infecção anterior ou até mesmo às vacinas da gripe, por isso a imunização precisa ser reforçada periodicamente.
Este tipo de Influenza pode ser classificado em dois antígenos proteicos: hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). É desta subclassificação que vêm as siglas, como H1N1 e H3N2, os tipos mais comuns a causar infecções em humanos.
Sintomas e exames laboratoriais para gripe
Os principais sintomas da gripe envolvem fadiga, febre, calafrios, congestão nasal, dor de garganta, cabeça e músculos, além de tosse. Em alguns casos pode provocar diarreia e vômito. Por apresentar sintomas comuns a outras infecções respiratórias, como resfriados e a própria Covid-19, a maneira mais segura de saber se o quadro clínico representa uma gripe é através da testagem.
Por meio dos exames laboratoriais é possível confirmar um caso suspeito de gripe e orientar o paciente para o tratamento correto para aquela doença. Os principais testes realizados em laboratório para detectar uma infecção gripal são:
Pesquisa rápida de antígenos virais: detecta os antígenos de Influenza A e B e o resultado sai em aproximadamente 30 minutos. Pode ser usado como método de triagem rápida para diagnóstico e tratamento com antiviral.
Fluorescência direta: mais sensível do que a pesquisa rápida, este exame realiza a pesquisa de vírus utilizando anticorpos fluorescentes. Não está disponível em todos os serviços.
Cultura de vírus: é o método ideal para a investigação da gripe e permite a classificação detalhada da cepa viral, porém, os resultados podem demorar de 3 a 7 dias.
Reação em cadeia de polimerase (PCR): trata-se de um exame sensível, capaz de detectar o material genético do vírus Influenza. Também indicado como triagem inicial para diagnóstico e tratamento antiviral.
Pesquisa de anticorpos anti-influenza A e B: mede a resposta imunológica de uma pessoa à Influenza. Em pesquisas epidemiológica ajuda a estimar populações infectadas previamente com o vírus.
Embora seja uma doença com gravidade moderada na maioria dos casos, a gripe pode resultar em quadros graves, como pneumonia viral ou bacteriana secundária. As populações mais suscetíveis envolvem crianças, idosos, mulheres grávidas, pessoas com asma, doenças pulmonares, doenças cardíacas, diabetes, doenças renais, doenças hepáticas, além de pessoas com imunidade diminuída, como portadores de câncer ou soropositivos.
A investigação das causas de uma infecção respiratória é importante, pois, em casos de contaminações virais, como Influenza ou Covid, o paciente contará com o tratamento mais indicado ao seu caso e deverá se isolar, para não passar o vírus adiante e evitar a contaminação de pessoas próximas.
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