6 Dicas para atingir suas metas de saúde em 2021
21 de janeiro de 2021
10 Grandes desafios da saúde em 2021
17 de fevereiro de 2021
Exibir tudo

Teste de tolerância à glicose: Aliado no diagnóstico do diabetes

Durante a investigação clínica para determinar se um paciente tem ou não diabetes, um exame que pode ser solicitado é o teste de tolerância à glicose. Também conhecido como exame da curva glicêmica ou TOTG (Teste Oral de Tolerância a Glicose), ele pode ser solicitado pelo médico tanto para o diagnóstico da doença, como para detectar pré-diabetes, resistência à insulina ou outras alterações relacionadas às células pancreáticas.

Trata-se de um teste que exige bastante atenção da equipe, tanto no momento do cadastro como no da coleta. Isso porque há procedimentos diferentes entre gestantes e demais pacientes, além de especificidades da solicitação de cada médico, envolvendo até mesmo a duração do exame para observar a curva conforme solicitado pelo profissional.

O que é diabetes

O Diabete Mellitus é uma doença de causas múltiplas e que possui um amplo espectro de manifestações clínicas e patológicas, o que torna a sua investigação por meio de exames tão importante. A doença pode ser classificada das seguintes formas:

Diabetes tipo 1: ocorre pela destruição autoimune das células beta, geralmente levando à total deficiência de insulina, incluindo diabetes autoimune em adultos.

Diabetes tipo 2: causada por uma perda progressiva de índices adequados das células beta de insulina, frequentemente por trás da resistência à insulina.

Diabetes específicas: causadas por outros fatores, como síndromes de diabetes monogenéticas (como diabetes neonatal), doenças do pâncreas (como fibrose cística e pancreatite), e diabetes induzida por remédios ou substâncias químicas (como o uso de glicocorticoides, no tratamento de HIV, ou após um eventual transplante de órgão).

Diabetes gestacional: diagnosticada no segundo ou terceiro trimestre de gestação, quando não havia evidências da doença antes da gravidez.

Preparo para o teste de tolerância à glicose

Pacientes que forem realizar este exame precisam fazer jejum obrigatório de oito horas, no caso de adultos, e de quatro horas para crianças de 2 a 5 anos. Nos três dias que antecedem o exame, o paciente deve manter sua dieta habitual, sem restrição de carboidratos, e realizar suas atividades físicas habituais.

Por se tratar de um exame que pode levar horas, o ideal é que ele seja realizado em uma Unidade do Hemos que conte com sala de repouso, para que o paciente se sinta mais confortável. As Unidades com sala de repouso são: Norte Shopping, Alameda, Escola Agrícola, Gaspar, Fortaleza, Itoupava Central e Pomerode.

Para testes de tolerância à glicose, o setor de coleta deve fazer a conferência da guia médica, verificando se o médico especificou a dose de glicose a ser administrada:

Adultos: administrar 75g de glicose, o que corresponde a uma garrafa de Glutol®75g/300mL, e colher 2h após ou nos tempos determinados.

Gestantes: administrar 75g de glicose, que corresponde a uma garrafa de Glutol®75g/300mL, e colher 1h e 2h após.

Ou, de acordo com a requisição médica, administrar 50g de glicose, que corresponde a uma garrafa de Glutol®50g/200mL, e colher 1h após.

Crianças: a dose depende do peso. Para crianças de até 12 anos e/ou com peso inferior a 43Kg: determinar o peso da criança e administrar 7mL/Kg de peso de Glutol® (conforme especificado no rótulo) até o máximo de 300mL e colher 2h após ou nos tempos determinados.

Nos testes de tolerância com mais de três punções (pontos de curva) e em pacientes que possuem acesso venoso dificultoso ou fragilidade venosa é permitida a permanência temporária de acesso venoso com escalpe.

Seguir procedimentos bem definidos é muito importante na aplicação do teste de tolerância à glicose, observando a coleta das amostras nos tempos determinados após o início da ingestão da solução de glicose, administrando as doses certas nos horários estipulados. Além disso, a equipe do Hemos dispende atenção especial ao estado geral do paciente para a sua proteção e prevenção contra quedas. Nos casos de pessoas com histórico de lipotimia (alteração súbita de consciência), a coleta deve ser realizada preferencialmente com o paciente deitado.

Intercorrências do teste de tolerância à glicose

O exame de curva glicêmica pode provocar algumas intercorrências (alterações), portanto, o Hemos e sua equipe adotam procedimentos que visam ao bem-estar do paciente. Além disso, observam sintomas que ele possa apresentar e repassam orientações para garantir sua integridade e atuando para eliminar ou minimizar riscos. A atenção é redobrada para gestantes, idosos, crianças e pacientes com comprometimento de mobilidade psicofísica, já que são considerados grupos de risco.

As intercorrências mais comuns nos testes de tolerância a glicose são náuseas e vômitos, para os quais a equipe do Hemos segue os seguintes procedimentos:

Náuseas:

– Deixar o paciente o mais confortável possível;

– Solicitar que o paciente respire profundamente e devagar, várias vezes;

– Providenciar cuba rim (bandeja hospitalar adequada), toalhas de papel e água gelada.

Vômitos:

– Providenciar cuba rim e toalhas de papel;

– Se estiver deitado, colocar o paciente com a cabeça de lado;

– Oferecer água quando ele tiver terminado;

– Nos testes de tolerância ou curva glicêmica, caso os vômitos ocorram após 20 minutos de ingestão, prosseguir com as demais coletas. Caso ocorra antes dos 20 primeiros minutos, o profissional deve entrar em contato com a Área Técnica para receber orientações específicas.

Leia também: A importância da atividade física no combate ao diabetes