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O Sul do Brasil está registrando aumento no número de casos de febre amarela. O registro de mortes de macacos chama a atenção das autoridades de saúde para a prevenção da doença. Transmitida por mosquitos, a febre amarela pode ser evitada por meio da vacina, disponibilizada gratuitamente no serviço público de saúde.

As temperaturas elevadas do verão contribuem para a proliferação dos mosquitos transmissores, resultando no aumento de casos. Por causa disso, o Ministério da Saúde trabalha na ampliação gradativa do número de vacinas disponibilizadas, com o objetivo de imunizar populações de todas as regiões do país.

Devem se vacinar pessoas a partir dos nove meses de vida até os 59 anos de idade que não tenham comprovação de vacinação ou não se lembrem se foram imunizados ou não. A partir de 2020 as crianças passaram a ter um reforço da vacina de febre amarela aos quatro anos de idade. A vacina proporciona a imunização efetiva 30 dias após a administração da dose. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de apenas uma dose para a maioria das pessoas.

Não devem ser vacinadas contra a febre amarela:

– Crianças menores de nove meses de idade;

– Mulheres amamentando crianças menores de seis meses;

– Pessoas com alergia grave ao ovo;

– Pessoas que vivem com HIV e com contagem de células CD4 menor que 350;

– Pacientes em tratamento com quimioterapia ou radioterapia;

– Portadores de doenças autoimunes;

– Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores.

O que é a febre amarela e quais são os sintomas

A febre amarela é uma doença viral hemorrágica que ocorre em áreas tropicais da América Latina e da África. Os sintomas são difíceis de serem distinguidos de outras doenças similares, como é o caso da dengue. Normalmente, os sinais da febre amarela surgem de três a seis dias após a picada do mosquito.

Na fase inicial os sintomas incluem:

– Febre;

– Dores musculares;

– Dores de cabeça;

– Calafrios;

– Perda de apetite;

– Náuseas ou vômito.

Para a maioria dos pacientes, estes sintomas desaparecem após poucos dias. No entanto, 15% dos pacientes passam para a segunda fase da doença 24 horas após o aparente abrandamento dos sinais iniciais. Neste estágio a febre retorna e vários sistemas do corpo humano são afetados, incluindo os rins. Metade dos pacientes que chegam na segunda fase da doença vêm a óbito, enquanto a outra metade se recupera sem danos significativos aos órgãos.

No Brasil, os casos recentes da doença são todos de febre amarela silvestre. Isso significa que ela é transmitida por mosquitos que vivem no campo ou em florestas. Os últimos casos de febre amarela urbana (transmitidas por Aedes Aegypti) no Brasil foram registrados em 1942, no Acre.

Fatos importantes sobre a febre amarela

A seguir, apresentamos alguns fatos sobre a doença:

– É estimado pela OMS que anualmente ocorram cerca de 200 mil casos, resultando em 30 mil mortes no mundo inteiro.

– Os países latino-americanos com os maiores casos de febre amarela, registrados entre 1985 e 2012 são Peru (54%), Bolívia (18%), Brasil (16%) e Colômbia (7%). Juntos, eles somam 95% de todos os casos registrados no continente no período.

– Macacos não transmitem febre amarela a humanos. Porém, a morte deles indica a existência do vírus na região, que é transmitido através de mosquitos.

– Nas áreas urbanas, o risco de transmissão pode ser reduzido eliminando criadouros potenciais de mosquitos, que possam acumular água parada, e diminuindo a exposição de pessoas a picadas de mosquitos.

Informações confiáveis sobre a febre amarela podem ser consultadas no site do Ministério da Saúde.

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